
Debate sobre legalização de jogos no Brasil reacende após crise causada pela pandemia.
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Os parlamentares que enxergam vantagens na legalização argumentam que seriam gerados milhares de novos empregos, tanto diretos como indiretos, além da receita que seria gerada para o país com o pagamento de impostos. Num momento de crise profunda, os cofres públicos ganhariam um valor importante para ser distribuído em programas sociais, por exemplo.
Um dos defensores da legalização é o Senador Angelo Coronel (PSD-BA), que fez um discurso afirmando, entre outras coisas, que “os valores arrecadados com os recursos tributados poderiam beneficiar o programa Bolsa Família, aumentando de 14 milhões para 22 milhões de famílias”. Ainda reiterou que “o importante para o Brasil é ter capacidade financeira para custear programas voltados para área social”.
Já os parlamentares contrários à ideia listam uma série de problemas que seriam causados com a legalização de jogos. Citam principalmente a dificuldade do combate a corrupção no país, onde os jogos poderiam ser facilmente uma porta para a lavagem de dinheiro. Além disso, completam serem contrários, afirmando que problemas com tratamentos de apostadores viciados em apostas, exploração sexual e prostituição, aumentariam em grande escala.
Um dos mais críticos com a possibilidade da legalização de jogos é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). O político chegou a idealizar audiências para discutir o assunto, mas foi adiado por causa da pandemia. Segundo o senador, o debate serviria para a sociedade brasileira estar a par do perigo da liberação. Completando a indignação do parlamentar, este afirma que a legalização de jogos de azar ajudaria a “devastar famílias”.
No Senado Federal existem algumas propostas sobre o tema. Entre as principais, podemos citar a proposta para a liberação de “jogos de fortuna”, tanto de forma presencial quanto online, válida para todo o território brasileiro, abrangendo inclusive casinos em complexos considerados de lazer. Outra proposta vê a liberação de casinos em resorts e hotéis de luxo, que oferecem serviços como práticas de desporto, casas noturnas, eventos culturais, spas e parques. Há também propostas voltadas para o turismo e ecoturismo. Pensando no desenvolvimento e proteção ambiental, seriam liberados a exploração de apostas para hotéis-casinos que investissem em empreendimentos que explorassem o ecoturismo, conservação da biodiversidade e o desenvolvimento de forma sustentável.