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Adversidades da Liquidez Partilhada em Portugal

Adversidades da Liquidez Partilhada em Portugal

A liquidez internacional afinal irá ser feita entre países cujo o órgão regulador português considere estarem reunidas as condições técnicas para essa partilha.

Fica a conhecer mais sobre a última sessão de esclarecimentos da ANAon

por Filipa Silva   |   comentários 0
segunda, janeiro 23 2017

Na última quinta-feira foi dia de sessão de esclarecimentos da ANAon. 90 minutos de “teamspeak” sobre o regulamento da “liquidez partilhada” enviado para a Comissão Europeia, fizeram com que os associados ficassem a par das novidades relativas a todo este processo legislativo.

No entanto, as notícias não foram as melhores. Depois da reunião tão esperada com o SRIJ em Lisboa, o envio do regulamento da liquidez internacional para a Comissão Europeia era um ponto assertivo. Não sofreu alterações substanciais quando comparado à proposta original, ou seja, o espírito do mesmo não se afastava da ideia de liquidez internacional que a ANAon e os seus associados defendiam inicialmente.

Mas, adversidades que faziam temer pelo sucesso da implementação da liquidez internacional no sistema de jogos surgiram. Uma das condições propostas não incluía a necessidade de acordos dos vários estados membros para que se aceitassem jogadores desses mesmos estados membros, entretanto tudo mudou.
 

Para um jogador português poder partilhar liquidez com um jogador francês, a França terá que ser reconhecida por Portugal como um mercado de partilha através de acordo bi-lateral entre os reguladores ou através de reconhecimento explicito em lista aprovada pelo SRIJ”, revela com preocupação, Paulo Rebelo, presidente da ANAon.
 

A ANAon, como defensor de jogadores de póquer, apostas simples à cota e ainda defensor dos apostadores das apostas cruzadas, não vê com bons olhos esta noticia. A dependência da necessidade de haver acordos com todos os países, de forma a registar-se uma verdadeira liquidez internacional é preocupante para todos aqueles que esperavam trabalhar diretamente com a Betfair a partir de Portugal.
 

Pode ser possível que o Estado consiga acordos com pelo menos os principais países, tais como por exemplo Reino Unido, ou quem sabe, a maioria dos países, e assim, temos na mesma a liquidez internacional em Portugal, no entanto não deixamos de registar como algo preocupante no nosso ponto de vista, da ANAon.”, continua Paulo Rebelo.
 

Entretanto, a ANAon revela ainda a falta de novidades relativamente às apostas cruzadas. O regulamento não foi simplesmente enviado ainda , está a ser trabalhado e falta por parte do legislador encontrar a melhor forma de o fazer e de o escrever para que as pretensões dos jogadores sejam satisfeitas”, assume o Presidente da ANAon, garantindo que todos as ideias dos apostadores, de forma sistemática, fazem-se chegar aos responsáveis. Depois do regulamento concluído, “as condições que o Estado acha como sendo indispensáveis para poder dar licenças a bolsas de apostas para operarem em Portugal”, isto é, requisitos técnicos, como impostos, terão que fazer parte de todo o processo.
 

Não tenho esperança que voltemos a ter , pelo menos tão breve, apostas cruzadas aqui em Portugal. Vejo sucessivos entraves, sucessivos obstáculos que têm de ser ultrapassados, enfim, não nos cabe a nós , à ANAon, fazer com que as apostas cruzadas sejam uma realidade. Não nos cabe, na verdade, mudar a lei.”
 

No entanto, a novidade das apostas simples em corridas de cavalos amenizaram a sessão de esclarecimentos.


O turismo mostrou bastante interesse em resolver o tema dos cavalos para este ano de 2017, mas falamos só de apostas simples porque, enquanto não tivermos a betfair ou uma betdaq, ou melhor, enquanto não tivermos regulamento que permita uma bolsa de apostas a operar em Portugal, também o trading em cavalos não será possível.”
 

Apesar de todas as más notícias, a ANAon garante que, quando os principais temas chegam massivamente à associação, e são posteriormente enviados ao legislador, sentem recetividade na resolução de pontos menos corretos que afetam muitos dos apostadores. Assim, “aquilo que estava ao alcance da ANAon, foi feito”.
 

anaon, liquidez internacional, liquidez partilhada, srij

Comentários (200)
  1. GreenUpHorsie 23 jan 2017 - 15:21
    A questão de os tema dos cavalos ter amenizado a sessão penso que não seja o caso.
    Traders de mercados de hípicas pura e simplesmente ficaram foi sem resposta com essas "boas" notícias e nem houve resposta porque... apostas simples em hípicas dadas pela santa casa de corridas portuguesas esses marcos mundiais das hípicas?

    Infelizmente o que concluí já previamente a esta sessão e apenas vim confirmar foi, esqueçam a bolsa, e traders de mercados de hípicas inglesas e irlandesas, esqueçam ainda mais, ou saiem de Portugal ou esqueçam, está tudo entregue à SCML e aos amigos lá de quem governa. Vergonhoso este país.
  1. adec_12 23 jan 2017 - 15:24
    GreenUpHorsie escreveu:
    A questão de os tema dos cavalos ter amenizado a sessão penso que não seja o caso.
    Traders de mercados de hípicas pura e simplesmente ficaram foi sem resposta com essas "boas" notícias e nem houve resposta porque... apostas simples em hípicas dadas pela santa casa de corridas portuguesas esses marcos mundiais das hípicas?

    Infelizmente o que concluí já previamente a esta sessão e apenas vim confirmar foi, esqueçam a bolsa, e traders de mercados de hípicas inglesas e irlandesas, esqueçam ainda mais, ou saiem de Portugal ou esqueçam, está tudo entregue à SCML e aos amigos lá de quem governa. Vergonhoso este país.
  1. xxx 23 jan 2017 - 15:43
    Viva,

    Neste texto eu mudaria a palavra "preocupante" para "impossibilidade".

    Com este modelo teria de ser criado uma pool de apostas paralela com a que já existe. Mesmo que 95% dos países que participam na bolsa fizessem esse acordo dificilmente os apostadores/traders iriam mudar de exchange por assim dizer... isto hipoteticamente porque para fazer só 3 ou 4 acordos irá levar decadas.

    Resumindo na prática o que acontece é o que foi sempre dito : Oligopólio entre os amigos de Santana para chular o povo português como tem vindo a ser feito em todos os sectores com vista a encher os seus próprios bolsos sem lei nem piedade, afectando assim o ganho conjunto da comunidade e bem social.

    Isto, como é claro, é ilegal e bem analisado e abordado por uma boa equipa de advogados, jornalistas e uma boa Associação de Apostadores poderia ter outro fim... 

    Acho que devia ser criada uma conta para os associados financiarem uma movimentação destas. (Eu sou o primeiro a dar) Consciente que é um investimento a fundo perdido.








  1. adec_12 23 jan 2017 - 15:50
    xxx escreveu:
    Viva,

    Neste texto eu mudaria a palavra "preocupante" para "impossibilidade".

    Com este modelo teria de ser criado uma pool de apostas paralela com a que já existe. Mesmo que 95% dos países que participam na bolsa fizessem esse acordo dificilmente os apostadores/traders iriam mudar de exchange por assim dizer... isto hipoteticamente porque para fazer só 3 ou 4 acordos irá levar decadas.

    Resumindo na prática o que acontece é o que foi sempre dito : Oligopólio entre os amigos de Santana para chular o povo português como tem vindo a ser feito em todos os sectores com vista a encher os seus próprios bolsos sem lei nem piedade, afectando assim o ganho conjunto da comunidade e bem social.

    Isto, como é claro, é ilegal e bem analisado e abordado por uma boa equipa de advogados, jornalistas e uma boa Associação de Apostadores poderia ter outro fim... 

    Acho que devia ser criada uma conta para os associados financiarem uma movimentação destas. (Eu sou o primeiro a dar) Consciente que é um investimento a fundo perdido.
    Aqui há uns tempos já tinha avançado com uma solução identica, tb estou disponivel para contribuir
  1. ASP 23 jan 2017 - 16:03
    tb estou disponivel para financiar esta solucao.

    a questão é quem é q vai liderar o processo.
  1. xxx 23 jan 2017 - 16:09
    ASP escreveu:
    tb estou disponivel para financiar esta solucao.

    a questão é quem é q vai liderar o processo.

    Um gajo de vez em quando vem aqui dizer mal do PR (edit : não da pessoa em si, que poderia fazer mais neste processo - ser menos comedido - , é o que quero dizer. ) .. mas acho que é o melhor que temos :-)
  1. ASP 23 jan 2017 - 16:12
    eu não tenho duvidas que ele é dos mais indicados para fazer isto. a questão é se ele quer. pelo que me pareceu das palavras dele na sessao de esclarecimento a ideia dele é continuar a trabalhar de perto com o turismo.

    mas é fazer-se-lhe a proposta e ver o que ele diz
  1. xxx 23 jan 2017 - 16:15
    ASP escreveu:
    eu não tenho duvidas que ele é dos mais indicados para fazer isto. a questão é se ele quer. pelo que me pareceu das palavras dele na sessao de esclarecimento a ideia dele é continuar a trabalhar de perto com o turismo.

    mas é fazer-se-lhe a proposta e ver o que ele diz

    Pois .. não sei.  Fica a novamente a sugestão a ver o que diz a ANAOn desta vez ...

    O 1º passo seria entregar isto a uma equipa de bons advogados e ver o seu parecer.

    É claro que indo por este caminho vamos ficar sem BF uns bons anos garantido ... Mas essa situação já é a default neste momento :-)

    Fazendo esta movimentação pode ser que naquelas cabecinhas de pedra do SRIJ surja alguma reacção positiva. Isto pode levar até a indemnizações que eu digo já deveriam ser entregues aos advogados que vão tratar disto para que eles se empenhem a sério.



  1. ASP 23 jan 2017 - 16:30
    era importante saber a posicao da betfair face a actual situacao e que espectativas tem.

    os acordos que o turimso inventou não passam de uma aberração para colocar entraves nisto. no entanto eu diria que bastava um acordo com UK para a coisa funcionar menos mal. mas estará a betfair predisposta a ter uma solução pararela só para o caso português? eu penso que não e penso que seja daí que vem o pessimismo do Paulo na ultima reuniao.

    se a posição da betfair é que a entrada em portugal não se vai concretizar entao eu diria que vale a pena avançarmos para a solução alternativa dos advogados. senão talvez não valha a pena ainda... não sei. mas pelo menos o parecer dos advogados podiamos ter, independentemente de depois se avançar com mais alguma coisa ou não.
  1. xxx 23 jan 2017 - 16:40
    ASP escreveu:
    era importante saber a posicao da betfair face a actual situacao e que espectativas tem.

    os acordos que o turimso inventou não passam de uma aberração para colocar entraves nisto. no entanto eu diria que bastava um acordo com UK para a coisa funcionar menos mal. mas estará a betfair predisposta a ter uma solução pararela só para o caso português? eu penso que não e penso que seja daí que vem o pessimismo do Paulo na ultima reuniao.

    se a posição da betfair é que a entrada em portugal não se vai concretizar entao eu diria que vale a pena avançarmos para a solução alternativa dos advogados. senão talvez não valha a pena ainda... não sei. mas pelo menos o parecer dos advogados podiamos ter, independentemente de depois se avançar com mais alguma coisa ou não.

    Eu acho que deveria ser uma movimentação independente da betfair. (A betfair está se pouco marimbando)

    Acho que o primeiro passo deveria ser criar uma pool de votações, aqui neste site da academia e não no da ANAon, com a seguinte pergunta à comunidade :
    --------------------------------------------------------------------------------
    Estarias disposto a participar financeiramente numa acção de "crowdfunding" obter um parecer jurídico sobre a situação do jogo online em portugal  ?

    a) Sim :
    1- 5€
    2- 10€
    3- 20€
    4- 50€
    5- 100€
    6- 200€
    7- Mais

    b) Não.
    ---------------------------------------------------------------------------------

    Não estou a por em causa a capacidade financeira da academia/anaon para uma iniciativa destas, mas  sim para medir o grau de descontentamento da comunidade e vontade de alterar a situação.

    User "Academia" o que tem a dizer ?

    Por si só esta iniciativa era uma forma de chamar a atenção dos meios de comunicação social ...
 
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